Aqueça seu amigo


0


Os mascotes também sofrem com a queda de temperatura e merecem alguns cuidados para ficarem aquecidos no inverno

Quando a temperatura cai, os cachorros também sentem as conseqüências. "No inverno, os cães podem adquirir doenças como a tosse dos canis. Os sintomas são parecidos com os do nosso resfriado: febre, espirros, coriza e tosse", explica a veterinária Tatiana de Freitas Coscia, do Au Pet Store, em São Paulo. Por isso, é fundamental verificar se o seu amigão já tomou a vacina contra esse mal. Ela é dada uma vez por ano. E mais: para garantir uma temporada de frio bastante calorosa, vale seguir as dicas da especialista. 

Deixe a tosa para mais tarde 

Os pêlos são uma proteção natural contra o frio. Então, espere o tempo esquentar para tosar o bichinho. "Se houver muita necessidade, opte por roupinhas para deixá-lo aquecido, principalmente para passear na rua", afirma.

Nada de multidão 

Evite ambiente com muitos cães, como hotéis para cachorro. Em caso de proximidade, eles podem adquirir doenças.

Passeio programado 

O ideal é sair com o seu cãozinho quando estiver sol. "Mas, como no inverno também há dias em que o sol está bem quente, muita atenção com os passeios feitos a partir do meio-dia. O sol muito forte pode queimar as patinhas dos cães", adverte.

Conforto garantido 

Não é preciso colocar o cão para dormir na cama com você. Mas ele merece um cantinho gostoso. Se ele dorme em piso frio, forre o lugar com tecido e cubra-o com uma manta.

Banho sob medida 

Diminua a freqüência de banhos: em vez de semanal, pode ser quinzenal. E muita atenção aos cuidados pós-banho. "É preciso certificar-se de que o lugar escolhido tenha água quente e seja fechado. Outra dica é não sair logo em seguida. Isso evitará um choque térmico", resume.

Uma boquinha a mais 

Se o seu cão não pára um segundo, você pode aumentar a porção de ração em 20% nesta época. "O consumo de alimento aumenta o nível energético. Mas o ideal é manter uma alimentação saudável. Frutas e legumes também são bem-vindos. Já para os cães obesos, nada de aumentar a comida", enfatiza.

Tosse do Canil

A tosse do canil (traqueobronquite infecciosa canina) é uma doença respiratória que afecta os cães provocada por uma associação de bactérias (Bordetella bronchiseptica) e vírus (vírus da parainfluenza canina e adenovírus canino tipo 2). Geralmente a infecção começa na traqueia e pode alastrar até aos brônquios e pulmões. Muitas vezes os vírus são os primeiros a atacar e as bactérias aproveitam-se da debilidade do organismo para alastrar.

A doença existe durante todo o ano mas quando as temperaturas são mais baixas há maior propensão para a contaminação. A transmissão faz-se através de espirros ou tosse, objectos contaminados (comedouros/bebedouros, jaulas, calçado ou roupa) de forma muito rápida. Os animais mais predispostos a contrair a doença são os que estão em locais de concentração de muitos cães. Estando este facto na origem do nome da doença: Tosse do Canil. Assim os mais expostos à contaminação são cães que estejam em canis de criação, hotéis caninos, em exposições, cães de caça, ou mesmo parques onde seja habitual passearem cães. Os animais jovens, debilitados ou com alergias são mais susceptíveis a esta doença.

Os sintomas aparecem 3 a 10 dias após a infecção sendo os mais comuns:

 -Tosse seca durante períodos prolongados muitas vezes após exercício ou pressão da coleira

 - Vómito provocado pela tosse

 - Febre

 - Apatia

 - Corrimento nasal e/ou ocular

 - Diminuição do apetite

 - Dificuldade respiratória

Se houver infecção bacteriana pode haver agravamento da doença para broncopneumonia o que pode por a vida do animal em risco.

Em muitos casos o estado geral de saúde do cão não está muito alterado e a doença resolve-se rapidamente com medicação.

Para evitar a propagação da doença, quando um animal está infectado deve ser isolado dos restantes e o espaço onde ele esteve deve ser desinfectado e mantido vazio por algumas semanas. Enquanto todos os animais não estiverem completamente curados não deve ser introduzido nenhum animal novo em casa.

A prevenção é a melhor solução por isso deve evitar:

 - Dar banho ao seu cão nos dias mais frios e se for mesmo necessário secá-lo muito bem

 - Expô-lo a variações de bruscas de temperatura

 -Levá-lo para locais de grande concentração de cães.

 Caso ele vá para locais de risco como hotéis deverá vacina-lo para esta doença. A vacina não é completamente eficaz na prevenção da doença mas caso ele a apanhe terá sintomas muito mais leves que na maior parte das vezes desaparecem sem necessitar de medicação.

O pêlo que alguns animais possuem pode ser suficiente para os proteger do frio mas há mais perigos a ter em conta.

- Hipotermia: se estiverem temperaturas negativas ou mau tempo (chuva por ex.) os animais não devem ser deixados na rua ou fechados dentro de carros durante muito tempo, principalmente os jovens e idosos que são mais susceptíveis ao frio. Se o animal não puder ou não quiser entrar em casa deve-lhe ser dado um local onde se possa abrigar (casota, garagem, arrecadação) para evitar que ele fique doente ou que procure abrigos perigosos. Caso opte por uma casota, esta não deve ser demasiado grande para o animal, deve ser isoladas do vento e da chuva e deve ter a porta abrigada do vento. Dentro da casota ou da garagem deve ser posta uma cama, um cobertor seco, palha ou um estrado onde dormir para que não esteja em contacto com o frio e a humidade do chão. Em cães de pêlo curto pode ser necessário vestir roupa apropriada para os proteger do frio quando saem à rua.

- Problemas articulares: ocorrem sobretudo em animais idosos e devem ser vigiados pois muitas vezes agravam-se com o frio. Se esse for o caso do seu cão/gato deve consultar o médico veterinário para que este lhe indique quais as medidas a tomar.

- Banhos: se der banho ao seu cão/gato seque-o muito bem de seguida e não o deixe sair à rua se não tiver a certeza de que ele está completamente seco. 

- Bebedouro: em dias mais frios deve ser verificado várias vezes por dia para se certificar que a água não gelou impedido o seu animal de beber.

- Anti-congelante para automóveis: é um produto químico muito tóxico para os animais de estimação mas que eles lambem por ser doce. Quando o colocar no seu automóvel deve fazê-lo em locais em que o animal não tenha acesso ou limpar bem os locais onde possa ter sido entornado. Quando passear o cão deve ter cuidado de não o deixar lamber poças de água na rua nem as patas pois podem conter este químico. Os sintomas em caso de ingestão são vómitos e andar cambaleante.

- Neve/gelo: podem provocar queimaduras nas patas, orelhas e nariz se o animal permanecer muito tempo em contacto com uma superfície gelada. Evite passear o seu animal em zonas onde é espalhado sal e químicos para derreter a neve que são prejudiciais para a saúde. Quando o seu cão/gato regressar da rua deve lavar-lhe as patas.

- Carros: nos dias frios deve-se ter cuidado pois os gatos muitas vezes procuram abrigo dentro do motor o que pode tornar-se fatal. Para evitar que isso aconteça é aconselhável bater no capot ou buzinar antes de arrancar para os tentar assustar.

Fonte: Blog Bichos & Caprichos 

 

 

0 Response to "Aqueça seu amigo"

Postar um comentário